Opções de venda, OMS e a Pandemia e Bitcoin e seus Valores
The Kraft: edição #41 - Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2020
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Fala turma, mais um circuit breaker pra conta, é, realmente as coisas não estão muito boas para nós investidores, se olharmos para o lado, temos alguma opção?
Opção? opa, há outras opções no mercado? que tal as opções de venda? conhecidas como puts ou estratégias dos pozinhos, (1)mas afinal, o que são opções, será mesmo a hora de entrar nelas?
(2)OMS declara pandemia do coronavírus e bolsa brasileira, além do Circuit Breaker fecha dia com 7,67% de queda, acumulando 28,7% desde sua alta histórica, há um pouco mais de um mês.
Esse tema é de cunho pessoal, mas vendo toda essa lambança das políticas monetárias pelo mundo, não tenho como me eximir de expor aqui o (3)porque eu acredito que o Bitcoin é o ativo/dinheiro para se ter nestas horas, verdade em todas as horas?
Citação do dia:
"Direitos iguais para todos, privilégios especiais para ninguém."
- Thomas Jefferson
Afinal, o que são Puts, ou opções de venda?
Vamos começar com aquele ditado manjado, mas que em épocas como essa cai como uma luva. “Enquanto uns choram, outros vendem lenço” e, no mercado financeiro esse dito popular também acontece.
Os chamados analistas apocaliptísticos do mercado financeiro falam sobre a vinda desta crise há pelo menos dois anos. Crescimento baseado em emissão de moeda, não é geração de riqueza e sim, injeção pura e simples de mais “papel” na economia.
Dinheiro barato que circula e, por ser barato, acaba sendo emprestado para pessoas comuns e investidores que os colocam em circulação na economia. Muita dessa grana é reaplicado em novos investimentos como ações, venture capital e outros tipos. Como isso não gera riqueza, apenas mais circulação de mais liquidez, ficamos apenas no aguardo do próximo “Cisne Negro”, um pequeno evento, como o coronavírus pode ser a ponta de um alfinete nesta bolha prestes a estourar, como se referiu Peter Schiff a esse vírus.
Óbvio para muitos, mas nem tanto para outros, olhando para o cenário a pergunta que fica é, quais são as alternativas para serem feitas em momentos de pré-crise, quando já identificamos a insanidade das políticas monetárias? A resposta é, opções de venda, puts ou estratégia dos pozinhos como são chamados.
Mas afinal, o que são opções de vendas e como ela funcionam?
Antes de mais nada, cabe dois disclaimers aqui, o primeiro é, isso não é uma recomendação de investimento, até porque não tenho cacife para recomendar nada. Isso aqui é apenas uma newsletter com objetivo de ser informativo. O segundo ponto é, já era, nesse momento o evento já está acontecendo e não é uma boa hora de entrada.
Mas vamos a resposta da pergunta, opções de venda são um produto do mercado financeiro, sendo um pouco mais técnico, é um instrumento do mercado de ações, que lhe permite o direito de vender um ativo, a um preço em uma data específica. Sendo um pouco mais claro, digamos que eu compro uma opção de venda de um ativo da Petrobrás, nessa opção, eu estou apostando que o preço do petróleo vai cair e por conseguinte, o preço das ações da empresa também cairão, e foi exatamente o que ocorreu nessa segunda-feira(09), muitos compraram esta opção de venda, no aguardo deste evento. Os lucros deste tipo de produto financeiros são enormes, no caso da Petrobras há casos de 1.000, 2.000 porcento sobre o dinheiro investido na compra desse instrumento.
Esse é um mercado fácil? Não, não é, pois apostar na queda de alguma coisa é contra-intuitivo para o nosso cérebro e deve ser operado ou por investidores experientes, ou por profissionais do ramo.
No Brasil, temos o Luis Fernando Roxo, especialista nesse tipo de produto, se você quer aprender mais sobre isso e se proteger para as próximas crises, aconselho você a buscar informação, no canal dele no youtube há muito conteúdo sobre o tema e, salvo engano, ele também tem um curso.
OMS declara pandemia de coronavírus
Como não suspeitar de uma organização mundial que se preocupa com a saúde da população e que a pouco tempo estava elogiando a forma como o governo chinês vinha enfrentando a batalha contra o coronavírus? A atitude atual de decretar o coronavírus uma pandemia e não ter alertado anteriormente, fazendo o contrário, elogiando a atitude do governo chinês, que sabemos, manipula seus dados, é uma atitude no mínimo suspeita.
Não estou dizendo aqui que o coronavírus não é perigoso, pelo contrário, há sim um risco de transmissão do vírus bem grande entre a população, mas o que acende um alerta e o que questiono é o momento em que isso é feito.
Enfim, com a pandemia declarada, tivemos mais um sessão de Circuit Breaker por aqui no Brasil, caímos 10%, a bolsa parou e fechamos o dia com uma queda de 7,68%. Somando o pico histórico, houve um retrocesso de 28,7% e a pergunta que fica, esse pico era saudável? Não me parecia, estávamos em um corrida de touros e me lembrou muito o Bitcoin em 2017, para aqueles que criticam e criticaram os cripto ativos, o resultado dessa bolha nas ações deve ter sido doida, uma queda feia de se ver e com certeza muita gente se machucou.
Porque eu acredito em uma moeda como bitcoin
Depois de passar por mais uma semana de derrocada das bolsas, vivenciar a falta de fundamentos da economia mundial promovidos por governos e sua políticas monetárias, ler alguns livros da escola austríaca e principalmente, ser questionado por um amigo próximo, em tom de ironia.
- O Bitcoin não era o ativo certo para estra comprado nessa crise?
Pus-me a refletir sobre o tema e resolvi expor aqui alguns dos pontos do porque acredito na cripto como moeda e reserva de valor.
Bitcoin como moeda, muitos questionam sobre a falta de velocidade nas transações do Bitcoin e, que o mesmo não poderia ser uma moeda, pois dificultaria as transações devido sua demora. Em muitos casos, quando a rede está sobre carregada, as transações podem demora horas ou dias. Bom, nestes casos, eu continuo acreditando no ativo como moeda de troca, apesar de ver nele mais potencial de reserva de valor. Acredito nele como transação pelo simples fato de estarmos falando de software e como trabalho nesta área, sei que o mesmo possui um evolução incremental, ou seja, ele nunca está completamente concluído, está em constante evolução. Outro ponto sempre importante de levantar é que o Blockchain do Bitcoin não permitir grandes volumes de transações em um curto espaço de tempo, não é uma coisa negativa e sim, uma característica positiva dele, isso trás mais segurança para rede Blockchain.
Para resolver essa característica que muitos apontam como negativa e eu reafirmo, acho insisto que é positiva devido a segurança oferecida, está em andamento e bem avançado, a rede lightning, uma cama fora do blockchain principal que permite transações instantâneas. Ainda em fase de teste, não demorará para se tornar parte do dia a dia dos que utilizam o ativo digital.
Segundo ponto é a questão da descentralização e mais que isso, o não poder de pessoas iluminadas eleitas por uma maioria, e que acreditam que são salvadores de questões humanas complexas. Se você deduziu que estou falando do Estado, políticos e suas políticas monetárias, você acertou. Esses atores foram e sempre serão responsáveis por momentos de desilusão no capitalismo.
Vou terminar por aqui no terceiro fator, visto que percebo o Bitcoin como reserva de valor também, na minha visão, vai além da valorização do ativo em si, e ao encontro dos pontos anteriores acima descritos. De foram geral, e principalmente no fato de não possuir um política monetária, salvadores da pátria, sem envolvimento e crença em papéis emitidos por políticos.
Sou o dono da verdade, óbvio que não, você acredita e enxerga o mundo com as suas lentes. Se tiver interesse em conversar sobre, há comentários na parte de baixo do site onde fica hospedado essa newsletter, fique a vontade e traga seus argumentos, mas por favor, com educação.